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A cegueira da politiquice...

politic (adj.) early 15c., politike, “pertaining to public affairs, concerning the governance of a country or people,” from Old French politique “political” (14c.) and directly from Latin politicus “of citizens or the state, civil, civic,” from Greek politikos “of citizens, pertaining to the state and its administration; pertaining to public life,” from polites “citizen,” from polis “city” (see polis).

polis (n.) “ancient Greek city-state,” 1894, from Greek polis, ptolis “citadel, fort, city, one’s city; the state, community, citizens,” from PIE *tpolh- “citadel; enclosed space, often on high ground; hilltop” (source also of Sanskrit pur, puram, genitive purah “city, citadel,” Lithuanian pilis “fortress”).

Online Etymology Dictionary

As definições anteriores são as origens da nossa palavra “político/a”. Conclui-se, da sua leitura, que o ser político é todo o ser humano que vive em comunidade e que se preocupa com ou participa de algum modo na administração da sua comunidade. Assim sendo, todos os que o fazem são políticos.

Assim, eu declaro-me uma pessoa política, preocupo-me com o que se passa na minha comunidade e pretendo colaborar na sua organização/administração, na medida das minhas capacidades e disponibilidade.

Ultimamente, tenho recuperado grande parte do interesse na política, interesse esse que esteve adormecido durante muitos anos… Apesar de não ter andado alheado do que se passava, raramente participava em diálogos/discussões sobre política, fosse ela nacional ou internacional. Isso mudou.

Como anarquista, tenho uma visão muito particular do que é ser-se político: as pessoas, as comunidades locais/regionais estão acima de qualquer partido, nacionalismo, religião, etc. Todos somos humanos, todos temos deveres, direitos, responsabilidades para com elas, não para com um qualquer líder! É isto, para mim, ser-se político e anarquista. É assim que eu defendo a minha liberdade individual e a de todos os que me rodeiam.

Na sequência das eleições legislativas no nosso país, foi uma vergonha ver a rapidez com que a maioria dos partidos políticos começaram a desenhar estratégias para a sua própria preservação, descuidando qualquer responsabilidade que lhes foi conferida pelos eleitores. A única coisa que interessa é a cor de cada partido, um mero cartão, teorias, doutrinas, ideologias… O país, as pessoas, aqueles que neles votaram foram imediatamente colocados de lado!

Pelo caminho alguém ficou incomodado com os meus comentários aos resultados, achando-se no direito de tirar falsas conclusões daquilo que eu havia dito, sem me dar qualquer possibilidade de esclarecer o que eu havia afirmado, sem me questionar, sem contra-argumentar, sem responder a qualquer das várias questões que lhe coloquei!

Os meus argumentos foram descartados, como se a minha vivência/experiência de 30 anos de profissional da educação e de contacto directo, diário, com um leque muito variado de jovens, reflexo da nossa sociedade, e o estudo contínuo da mesma não me dessem o direito de ver o estado em que o país está! Como se ver o que se passa à minha volta não significasse nada!

Os meus argumentos foram apelidados de “dramáticos”, “catastróficos”, “choramingas”, “hipócritas”. Pedi explicações. Nunca chegaram. Apenas certezas de que eu nada sei sobre o estado do país! Que, em muitas áreas, é muito diferente daquilo que os números estatísticos mostram ao exterior… Apenas a sua opinião é válida!

O resultado das eleições mostrou que eu estava certo e essa pessoa, que se esconde atrás dum avatar, errada.

De vez em quando aparece por aí um ou outro indivíduo que, na impossibilidade de rebater a minha argumentação, sem conseguir responder às minhas questões, recorre ao ataque à minha pessoa, sem me conhecer de lado algum! É uma estratégia típica das seitas de controlo mental: não se ataca/responde ao assunto, ataca-se a pessoa que está a debater connosco. Chama-se “Argumentum ad hominen”.

Desta vez o assunto foi mais complicado, pois a pessoa chamou-me “hipócrita”! Tive de lhe chamar mentiroso, pois eu não tinha sido, nem sou hipócrita! Nunca fui! Nunca defendi ou disse algo parecido do que ele pensou. Muito pelo contrário.

Ofender a honra de alguém e ficar ofendido quando essa pessoa lhe retribuí o “elogio” é a demonstração clara da falta de carácter de alguém. É a mostra de uma personalidade completamente egocêntrica e arrogante! É não ter qualquer respeito por quem dialoga respeitosamente consigo. É ser-se um pequeno ditador, pensando que se é detentor da única visão correcta do mundo! É não ver além da sua bolha.

You never know how long your words will stay in someone’s mind even long after you’ve forgotten you spoke them.
Be kind. (Just Frank being Frank: "You never know how long your words will stay in s…" - mas.to)

A publicação anterior norteia toda a minha presença nas redes sociais e em toda a minha acção enquanto pessoa. Se alguém conseguir, que prove o contrário!

Eu sempre lutei — e continuarei a lutar — pela liberdade de todos. E não ando aqui para enganar alguém. Agora, não me chamem o que quer que seja, pois eu não engulo sapos venham eles de onde vierem!

Cultivem-se e deixem de pensar que são os donos da razão absoluta!

Os políticos têm de voltar a estar ao serviço das pessoas e não para se servirem das pessoas, para seu proveito e dos amigos. Tudo o que for diferente disto é crime!

Os resultados das eleições mostram claramente o descontentamento dos portugueses com os dois principais partidos que alternam no poder português, em especial daquele que mais tempo lá esteve nos últimos anos. Afinal, “em equipa que ganha não se mexe”, assim diz o povo, não é? Só não vê isto quem não vê além das intrigas partidárias, aqueles que não querem saber dos direitos das pessoas e da comissão que o povo atribui aos seus representantes.

Bela forma de se comemorarem os 50 anos do dia em que se conquistou a liberdade para o povo deste país!

Be kind!

Be free!

João Pinheiro @joaopinheiro